
Zelensky aceita cessar-fogo parcial, mas tensões ainda marcam diálogo com Trump
Após acordo com Putin, presidente ucraniano aceita pausa nas hostilidades, mas mantém resistência em relação aos territórios exigidos pela Rússia.
Em uma nova tentativa de apaziguar os ânimos no conflito, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, concordou com um cessar-fogo parcial na guerra, seguindo uma conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (19). A decisão vem um dia após o líder russo Vladimir Putin aceitar suspender os ataques a alvos de energia e infraestrutura da Ucrânia por 30 dias, criando uma janela para possíveis negociações.
A ligação entre Trump e Zelensky durou cerca de uma hora e foi confirmada tanto pela Casa Branca quanto pelo porta-voz ucraniano. Trump, que havia discutido com Putin sobre os termos de cessar-fogo, considerou a conversa com Zelensky produtiva e afirmou nas redes sociais que ambos estavam “no caminho certo”. Em resposta, Zelensky destacou que a troca foi “relevante e franca”, reafirmando que a Ucrânia está disposta a interromper seus ataques à infraestrutura energética russa.
Apesar do avanço, Zelensky foi claro ao afirmar que não aceitará abrir mão dos territórios ucranianos como condição para um cessar-fogo total, uma exigência imposta pela Rússia. Já Trump, sugeriu que os Estados Unidos assumissem a posse das usinas nucleares e elétricas ucranianas, defendendo que isso garantiria a segurança da infraestrutura energética do país.
Embora a conversa tenha gerado expectativas de progresso, o Kremlin acusou a Ucrânia de violar a trégua ao atacar estações de energia na Rússia, e as tensões entre os líderes ainda são palpáveis. O encontro mais recente entre Trump e Zelensky na Casa Branca, marcado por troca de palavras tensas, ainda paira como um reflexo das dificuldades em encontrar um terreno comum entre as potências envolvidas.