Fuga de presos leva governo a rever protocolos em presídios federais
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ordenou uma revisão nos equipamentos e protocolos de segurança das cinco penitenciárias federais. A decisão foi tomada em resposta à fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a primeira ocorrência desse tipo desde a criação dos presídios federais em 2006.
Os fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, vinculados ao Comando Vermelho, escaparam durante o banho de sol. O ministro também determinou o envio do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró para acompanhar a investigação e definir ações administrativas.
Ricardo Lewandowski acionou a Polícia Federal para investigar o caso e autorizou o uso de mais de 100 agentes federais na recaptura dos fugitivos. As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco) colaborarão na localização, e a Polícia Rodoviária Federal monitorará as rodovias da região.
Além disso, o ministro solicitou o registro dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e a inclusão deles no Sistema de Proteção de Fronteiras para busca internacional.
O Brasil possui cinco penitenciárias federais, localizadas em Brasília (DF), Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR). Essas unidades são destinadas a presos de alta periculosidade, frequentemente associados a organizações criminosas como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC). As penitenciárias federais têm sistemas de vigilância avançados, incluindo monitoramento em tempo real dos detentos por som e imagem.
A Penitenciária Federal de Mossoró, inaugurada em 2008, tem capacidade para 208 presos e é destinada a presos de alta periculosidade.