PF ouve médico de Bolsonaro e leva “olé” de ex-Jovem Pan

Polícia Federal (PF) acionou o FBI para tentar coletar o depoimento de duas pessoas no âmbito de inquérito relatado por Alexandre de Moraes

A Polícia Federal (PF) procurou ouvir duas pessoas que residem nos Estados Unidos em relação a um caso envolvendo Jair Bolsonaro. Um dos indivíduos, Ricardo Camarinha, médico do ex-presidente, concordou em prestar depoimento, enquanto o outro, Paulo Figueiredo, ex-comentarista da Jovem Pan, recusou-se. O caso em questão faz parte do inquérito das joias, que é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF solicitou a cooperação internacional do FBI para ouvir Figueiredo nos Estados Unidos. Um representante do FBI entrou em contato com ele, oferecendo a oportunidade de depor. No entanto, quando questionado sobre sua condição como depoente, o agente norte-americano explicou que apenas faria as perguntas e repassaria as respostas à PF brasileira, sem fornecer mais detalhes, já que o caso não está sob investigação nos Estados Unidos.

Figueiredo exigiu receber uma carta rogatória contendo informações sobre o inquérito e sua condição como depoente antes de concordar em prestar depoimento. A carta rogatória é um instrumento jurídico usado para comunicação entre as autoridades judiciais de diferentes países. Enquanto isso, Camarinha aceitou falar sobre o caso em questão.

O inquérito investiga a suposta apropriação de joias que pertencem ao acervo da Presidência da República por parte de Bolsonaro e seus aliados. Uma das linhas de investigação da PF é se a estrutura da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) nos EUA foi utilizada para ocultar e vender as joias.