Tarcísio Autorizou Desapropriação de Terrenos para Criar Parque ao Lado da Favela do Moinho

Tarcísio Autorizou Desapropriação de Terrenos para Criar Parque ao Lado da Favela do Moinho

Governador busca transformar área em parque, mas garante que moradores da favela não serão prejudicados pela medida.

O governo estadual de São Paulo deu início à desapropriação de uma área de mais de 28 mil metros quadrados no centro de São Paulo, com o objetivo de criar o Parque do Moinho. O espaço fica próximo à entrada da Favela do Moinho, onde residem cerca de 800 famílias, e a decisão foi oficializada em decreto publicado no Diário Oficial.

Esse terreno, situado ao lado da Estrada de Ferro Sorocabana, será utilizado para a construção do parque, que terá como destaque uma atração ferroviária, além de uma nova estação, a Estação Bom Retiro. Para viabilizar o projeto, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou a desapropriação das propriedades localizadas em frente à favela, que envolve áreas de propriedade privada e de empresas públicas, como a Ceagesp, com quem já foi acertado o processo.

De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), as famílias da favela não serão afetadas diretamente, pois as áreas desapropriadas não têm habitação. Além disso, o estado propôs alternativas para relocação, como o fornecimento de crédito habitacional e moradia provisória.

O parque promete também mudar a dinâmica da Linha 8 – Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), já que parte da linha será desativada. O projeto faz parte de um esforço maior para revitalizar a área ao redor da favela, que é conhecida por ser um ponto de atuação do PCC, o Primeiro Comando da Capital, especialmente devido à sua proximidade com a Cracolândia.

A Favela do Moinho tem enfrentado problemas históricos de infraestrutura, como falta de saneamento e frequentes incêndios, sendo alvo também de operações policiais. Durante a gestão de Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB), houve tentativas de regularização e remoção dos moradores, mas os planos não avançaram devido a complicações jurídicas.

A medida atual, que busca revitalizar a região, tem gerado preocupações sobre possíveis impactos para a comunidade, mas o governo estadual assegura que a iniciativa visa melhorar a qualidade de vida dos moradores, além de combater atividades ilegais associadas ao tráfico de drogas na região.

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